“Para de sentir medo, que frescura”
“Não precisa ficar com medo, só vai ser uma picadinha”
“Engole esse choro, não tem o porque ficar com medo disso”
Você já ouviu ou até mesmo já falou alguma dessas frases? O sentimento de medo muitas vezes é visto como um sentimento “proibido” ou “ruim” de ser sentido. Porém o sentimento de medo é um sentimento como qualquer outro, importante para nossa sobrevivência.
Você já parou para pensar que o medo nos protege? Se eu tenho medo de cobra eu não vou ficar muito perto de uma. Se eu tenho medo de altura não vou ficar na beira de um precipício. Se eu tenho medo de me queimar com fogo, não foi ficar perto de uma chama acessa. Ou seja, o medo nos protege de situações perigosas.
Em crianças o medo também sinaliza um alerta, um perigo!
• Se a criança tem medo do escuro, é porque dentro da cabecinha da criança, tem algum perigo ali (mesmo que para você adulto não tenha).
• Se a criança tem medo da picadinha da vacina, é um medo super real e válido, afinal quem gosta de sentir a picadinha da agulha?
• Se falamos pra criança que é desnecessário ou exagero ela sentir medo de algo, estamos invalidando seu sentimento e levando em consideração o que NÓS achamos (nós – adultos – com cérebro já desenvolvido).
Sendo assim, é muito importante ajudarmos a criança a LIDAR com o medo e não a “não sentir medo”. Valide o sentimento dizendo por exemplo: “Eu entendo que você está com medo da vacina. Pode ser que você sinta ou não a picadinha. Mesmo com medo vamos precisar enfrentar. Você quer levar a sua pelúcia para abraçar no momento da vacina?”
O que foi feito nesse exemplo? O sentimento foi reconhecido e validado como um sentimento importante. Mesmo a criança sentindo medo da vacina ainda sim foi explicado que é preciso tomar. E por fim, foi dado uma sugestão de como a criança poderia lidar melhor com esse medo.
Atenção: Claro que alguns medos podem ser intenso demais, fazendo com que a criança tenha prejuízos em sua vida como por exemplo: prejuízo pra dormir, comer, brincar, ir para a escola, etc. Geralmente, esses medos mais intensos precisam de ajuda psicoterapêutica para que a psicóloga ajude a criança e a família a entender o porque desses medos e como lidar melhor com eles.
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